On 22:55 by Raphael Oliveira in , ,    No comments

"Um só Deus e Pai de todos,o qual é sobre todos, 
age por meio de todos e está em todos."

A primeira pergunta endereçada aos Espíritos por Allan Kardec foi: "Quem é Deu?" E eles responderam: "Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas.” E Moisés, no seu primeiro livro, abrindo o texto sagrado, em Gênesis 1:1, assim se expressa: “No princípio criou Deus os Céus e a Terra.”
Os grandes missionários do mundo, quando escrevem os atributos de Deus, se limitam a falar pouco, por faltarem termos na linguagem humana, que exprimam a natureza divina. Não podemos conceber o inconcebido, bem como descrever o indescritível. Como Comparar o incomparável? Falar sobre Deus é limitá-lO.
Pedimos, com humildade, ao Supremo arquiteto do Universo, para conversarmos um pouco dentro dos nossos limitados raciocínios e acanhadas comparações, sobre Sua majestosa grandeza, porquanto, conhecê-lO na Sua totalidade, somente Ele mesmo o pode e mais ninguém. João Evangelista limitou-se a definir Deus dizendo: Deus é amor. Os primitivos limitavam Deus, chamando-O de Sol e alguns filósofos chamam-nO de natureza. Tudo isso são limitações para a Inteligência Divina; Todavia, não existindo outros meios para compararmos a Divindade Suprema, temos de usar os métodos de que dispomos para Sua qualificação.
Todas as qualidades perfeitas são atributos de Deus que, quando descobertas pelos homens, tomam formas inferiores à vista da pureza espiritual. A Causa Primária de todas as coisas não pensa, não medita, não Se arrepende, não ri, não chora e de nada tem necessidade. Partindo da premissa de que Ele é todo perfeição, não pode pensar, por que isso ainda é função dos homens; não tem necessidade de meditar, usando a razão, já que o raciocínio é usado para quem precisa aprender alguma coisa. Ele tudo sabe e dispensa a razão. Não tem arrependimento, por ser onisciente e por não errar, pois é todo perfeição. Não ri, por ser dotado de qualidades superiores ao bem estar humano; não chora, por ser o Equilíbrio de todas as emoções.
Deus está presente em toda a criação, por recursos que a humanidade desconhece, mas que a ciência do mundo está próxima de revelar. Poderemos chamar tais recursos de hálito divino, força essa que não obedece a distancias, escapando das leis físicas, transcendendo às acanhadas equações matemáticas dos seres humanos. É, se assim podemos dizer, o éter cósmico, luz divina que interpenetra tudo que existe na criação, fluido puríssimo que leva a mensagem de Deus a tudo o que foi criado por Ele, em forma de estímulos, de acordo com a necessidade de cada um, do vírus até o home, e deste ao anjo.
Quase nada conhecemos sobre Deus, por nos faltarem sentidos apropriados. Somos ainda mortos em relação ao entendimento maior da vida. Querer compreender o Sumo Senhor do Universo é o mesmo que querer que um suíno dê aulas de matemática a Einstein; que um cão faça discursos em todas as línguas da Terra e que uma minhoca entenda da filosofia de Sócrates e Platão.
Devemos entender que somente Deus cria. Nós outros somos co-criadores, mesmo assim, apenas os mais evoluídos. Ainda assim, somente o somos, inspirados por esse mesmo Deus, caso contrario, nem isso faríamos. Tudo procede do Senhor de todas as coisas. Nada inventamos, tudo já está feito n’Ele.
A liberdade que temos, muito discutida por teólogos, que a colocam como sendo livre arbítrio, foi-nos dada por Ele, já sabendo, por ser onisciente, o que iríamos escolher, com a liberdade que recebemos das Suas mãos. O livre arbítrio é condicionado à vida cega que levamos nos caminhos que percorremos. Ele não existe em relação a Deus, pois somente fazemos, repetimos a vontade do Senhor, pai Celestial, Criador e Incriado, sem princípio e sem fim. Gerador sem ser gerado.
Qualquer pensamento que tivermos sobre Deus, na pretensão de explicá-lO, nos levaria à confusão gerada pela nossa inferioridade. O melhor caminho para nós é alimentarmos a fé nele, independendo do matiz religioso. Se queres saber a inteligência do Criador, reuni-te com alguns físicos e químicos e pede a eles uma explicação sobre como a luz tem essa velocidade vertiginosa, deslizando no éter cósmico sem barreiras, bilhões e trilhões de anos; ou que te expliquem o mecanismo exercido pelo átomo, de maneira a prender os elétrons na sua orbita, com a força eletrostática; ou, então consulta o astrônomo sobre a mecânica do Universo.
Se alguma coisa não foi feita pelos sábios do mundo, deduze quem a fez. Se, reunindo todos os sábios do mundo, não se consegue a receita de como fazer um átomo, e ele está feito, que mãos o estruturaram? Se nós não conhecermos nem a nós próprios, como vamos conhecer a Deus? Poderemos defini-lO como já está escrito no Evangelho: “Deus é Espírito. Importa-nos adorá-lO em Espírito e Verdade.”
Se não encontramos meios de explicar o Criador, igualmente não conseguimos esquecê-lO, por sermos todos oriundos d’Ele.

Miramez
(Favos de Luz)

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